quinta-feira, 13 de abril de 2017

Quando o bebê "liga"



Como um bom pai de primeira viagem, eu não fazia ideia do "funcionamento" de um bebê.

Sabia o básico. Por exemplo, que eles não nascem sabendo andar, não ia falar papai quando saísse da barriga da mãe e que são maquininhas de fazer cocô e xixi.

Fui descobrindo como eles funcionam, de verdade, da melhor maneira possível. Na prática!

E sim, acreditem. Não tem forma melhor de sentir isso. Cada passo dado, cada aprendizado,gera uma emoção sem tamanho para nós, pais bobões, que acham que o filho é a criança mais inteligente do mundo só porque ele descobriu que o controle remoto serve pra ligar a TV. Mas isso demora um pouco.

Lembrando, agora, o longínquo ano de 16 meses atrás (Sim. Meu filho mal fez um ano e eu já me acho o pai mais experiente do mundo), recordo da minha ansiedade e, por que mentir, decepção ao descobrir que, ao nascer, o bebe praticamente não interage. Na verdade ele quase não se mexe. Fica la, paradão, chorando, fazendo cocô e xixi de 15 em 15 minutos e mamando com a mesma freqüência.

A gente até fica fazendo aquelas caras idiotas de "blu-blu-blu", mas,se ele está vendo, ignora.

Eles ficam tão imóveis que eu ficava a noite toda conferindo se ele estava mesmo respirando durante os pequenos cochilos que ele dava ao longo do dia.

O máximo de interação, que eu me recordo, era que, se eu colocasse meu dedo na pequenina mãozinha dele, ganhava um apertão. E como os bebês tem força na mão, não?

Enfim, lá se passam alguns meses e você percebe que algo está mudando. Ele começa a prestar um pouco mais de atenção ao ambiente em volta, começa a fazer pequenos movimentos e, quando você menos espera, você faz aquele "blu-blu-blu" despretensioso e ele ri. E que sorriso gostoso. Passei o dia todo fazendo graça pra ver aquela boquinha banguela dando risadas.

Entretanto, eu senti que ele ligou, de verdade, quando aprendeu a engatinhar. Agora ele poderia ir onde quisesse, sob nossa vigilância, claro,  e explorar o mundo ao seu bel prazer. Ele passou a interagir com o mundo de uma forma própria, deixando claro o que ele gostava ou desgostava.

Agora sim, o bebê está com quase todas as funcionalidades ligadas. Já aprendeu a bater palmas, dar tchau, se esforça pra dar um beijinho, fala "mamãe" (já "papai" está difícil), assiste programas educativos na TV, come na cadeirinha.

Falta um ou outro detalhe, afinal, a vida está só no começo e tem muita coisa legal pra aprender por aí. No entanto, posso dizer que meu bebê "ligou" e estou muito feliz com isso.

Ter um bebe é como comprar um Smartphone que só libera as funcionalidades aos poucos. No primeiro mês você só pode carregar a bateria e admirar. No segundo,mal pode fazer uma ligação. No terceiro, ele libera a câmera. No seguinte, você já pode usar a internet e assim sucessivamente até que todas as funções estejam ativadas.

Claro que nenhuma empresa venderia um Smartphone assim. Mas, se fosse viável, você perceberia que amaria e daria muito mais valor a ele, pois curtiria cada upgrade que ele fez.

E assim eu sigo a vida. Curtindo cara passo que meu filho dá, cada aprendizado, cada desenvolvimento e me maravilhando com isso!

domingo, 26 de março de 2017

Grades de Proteção Para Portas - Como escolher?



Proteger a casa contra eventuais acidentes acaba se tornando prioridade para quem tem bebê em casa. Desde antes do nascimento do nosso filho eu já olhava cada cantinho, cada detalhe, cada móvel da casa tentando imaginar como o bebê poderia se machucar naquele lugar. E olha que minha imaginação é fértil!

Algumas dessas proteções precisavam ser imediatas. Outras, davam pra esperar um pouco.

Um dos locais mais perigosos de uma casa é a cozinha. Facas afiadas, panelas quentes, materiais de limpeza,garfos pontudos, copos de vidro. Uma infinidade de coisas que podem causar sérios acidentes. Isolar esse ambiente se tornou de extrema necessidade, em especial no momento em que ele já engatinha e começa a dar seus pequenos passos. E, aparentemente, a cozinha parece ser o local mais atrativo do nosso apartamento. Talvez por nós sempre o impedirmos de ir lá. Isso deve causar uma aura de mistério e faça o bebê acreditar que aquele seja um local mágico ou coisa parecida. Lembrem-se de que o proibido sempre parece mais atrativo e é aí que os acidentes acontecem.

Já havia feito uma postagem sobre como manter a casa mais segura para o bebê e, lá, comentei rapidamente sobre grades de proteção para portas e escadas. Nessa postagem vamos falar delas de uma forma um pouco mais detalhada e dar dicas do que você precisa saber na hora de escolher uma.

A primeira coisa a se saber é onde a grade vai ficar. Isso é importante para saber a medida exata que a ela precisa ocupar. Lembre-se de que nem toda porta possui o mesmo tamanho. Então, pegue uma fita métrica e confira. Esse dado é relevante, pois a maioria das grades do mercado possuem um tamanho básico e extensores opcionais para adequá-las para medidas diversas.

Em seguida, precisamos ficar atentos ao material da grade de proteção. A maioria das pré-fabricadas vendidas nos mercados são de metal ou plástico. Existem as de madeira, mas essas não são tão práticas, pois exigem instalação fixa. As demais são fáceis de instalar e podem ser removidas e reinstaladas com rapidez. As de metal, obviamente, são mais resistentes. Aconselho a investir numa destas.

Depois que fiz diversas pesquisas, acabei optando pela grade Tubline Plus. Parecia ser prática e segura, segundo comentários dos compradores.



A instalação dela é realmente bem simples. Ela não utiliza pregos ou parafusos. É fixada na porta por meio de pressão. Eu levei uns 5 minutos para instalar. Ela, realmente, fica bem firme.

 Essa grade para porta possui um sistema de trava, acionada por botão, que impede as crianças de abrir acidentalmente. Também abre para os dois lados após destravada.

Ficamos satisfeitos com o resultado. Vai nos dar mais tranquilidade em relação à segurança do nosso filhote. Por mais que estejamos sempre atentos, ninguém está livre de cometer vacilos. E, finalmente, vou poder cozinhar sem precisar ficar fechando a porta ou retirando meu bebê de lá de cinco em cinco minutos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Relatos De Uma Criança Daltônica



Finalmente, havia acabado de completar o dever que a professora passou. Algo como "desenhe qualquer coisa". Lá estava meu campo de futebol, devidamente colorido. Era só entregar.

Mas havia algo errado na expressão da professora. Ela olhava o papel com uma cara estranha, quando me perguntou:

-Por que você não pintou com as cores certas?

"Como assim?", pensei eu. Estava tudo certo. O gramado vermelho, o sol abóbora... O que ela queria que eu fizesse?

Eu tinha 5 anos e essa é a primeira lembrança que tenho de que havia algo errado comigo. Eu não sabia distinguir as cores. O grande problema é que a única resposta aceitável na época era:

"O pequeno Claudio é burro!".

Por algum motivo desconhecido, eu podia até tirar as melhores notas no resto, mas era burro por não conseguir aprender as cores.

Claro que isso não podia ficar assim. Vamos estudar! Pegava caixas de lápis de cor e ficava tentando decorar seus nomes. Depois, agarrava um, sem olhar o nome escrito e dizia: "Roxo! Roxo! Roxo!". Mas, quando olhava, era azul escuro ou coisa parecida. Merda. Era definitivo. Eu era burro!

E isso se prolongou por algum tempo, até que, aos 9 anos, precisei fazer o meu primeiro exame oftalmológico. Nele, o médico, entre uma troca de lente e outra, acabou projetando dois blocos coloridos com letrinhas. Me perguntou se eu enxergava melhor no verde ou no vermelho, quando minha resposta resolveu o maior conflito que eu tinha até então:

"Qual é o verde e qual é o vermelho?"

Ele sacou na hora. Me chamou na mesa e me fez passar por um teste, que eu conheceria futuramente como Teste de Ishihara. Em cada página havia uma coleção de bolinhas coloridas formando números.

-Que número você vê aqui?

- Doze!

Então, ele olhava o gabarito e lá estava "Pessoa normal vê 24, pessoa daltônica vê 12".

E eu fiz 100% de daltonismo.



Ele chamou a minha mãe e nos explicou que eu era daltônico. Possuía uma perturbação visual genética que me tornava incapaz de distinguir certas cores.

Amigos, não imaginam o alívio que senti. Um peso imenso retirado das costas de uma criança. Descobrir que, esse tempo todo, eu não era burro foi um descanso.

A parte ruim da coisa é que, como ele mesmo disse, não havia cura. Era daltônico e permaneceria daltônico para toda a vida, caso a medicina não encontrasse uma cura. E isso poderia me impedir de certas coisas como dirigir, se não conseguisse distinguir as cores do semáforo ou trabalhar com qualquer atividade que exigisse distinção de cores.

E assim vivi minha vida. Aprendi a conviver com o daltonismo, me adaptando da forma que eu pude. Por muito tempo, optei por cores de camisas que não geravam muita dúvidas. Meu guarda-roupa só tinha camisas brancas ou pretas. Era básico, eu reconhecia e não me faria passar vergonha. Passei a não ter receios de pedir para professores me ajudarem quando o dever de casa envolviam cores e pedia para meu irmão mais novo pintar qualquer coisa que eu precisasse.

Claro que isso não impedia de passar certos perrengues. Sempre gostei de videogames e desafios envolvendo cores são muito comuns neles. Nem sempre tinha alguém do meu lado para ajudar. Tirar carteira de motorista e suas renovações sempre foram um tormento, pois a lei não era muito clara no que dizia respeito aos daltônicos. O médico avaliador poderia, simplesmente, me impedir de dirigir. Na maioria das vezes, eu contava com a sorte e acertava as cores. Na prática, nunca tive problemas no trânsito. Afinal, mesmo que eu tenha um pouco de dificuldade na distinção das cores, a ordem delas é sempre a mesma. Então, não tem como errar.

Recentemente, no caso da carteira de motorista, a coisa melhorou. Existe uma resolução do CONTRAN, 425/12 que diz que o motorista não precisa identificar as cores para conduzir um veículo. Para tanto, o teste atual é uma versão do semáforo, na ordem correta, que permite que o daltônico identifique o Pare, Atenção e Siga pela ordem.

Outra coisa que todo daltônico passa são as brincadeiras dos amigos. É praticamente impossível que, quando dissemos que somos daltônicos, os amigos não comecem com o famoso: É mesmo? E que cor é essa? E essa? E aquela? Você enxerga em preto e branco igual a cachorro?

Aprendemos cedo a levar na esportiva, afinal, isso gera curiosidade, mesmo que isso incomode bastante alguns daltônicos. Em proporções absurdamente diferentes, é como encontrar um amigo cego e ficar perguntando quantos dedos você está mostrando. Ou um amigo paraplégico e dizer: "É mesmo? Então tenta andar pra eu ver". Cara! Sei que você não faz por mal, mas eu sou daltônico e não preciso provar pra você.

Recentemente, foi lançado, comercialmente, um óculos da empresa EnChroma, que promete prover aos daltônicos uma visão mais próximo do normal. Eu vi vários vídeos de reações de daltônicos ao primeiro uso e fiquei duvidoso na aquisição de um. Alguns pareciam não se impressionar tanto com o que estavam vendo. Já outros, choravam de emoção. Eu acredito que, da mesma forma que existem variações de daltonismos, devem existir variações de correções. Nesse caso, eu só compraria um se tivesse a oportunidade de testar antes.Se quiser dar uma olhada, o site da empresa é http://enchroma.com/



Também existem estudos com terapias genéticas que podem resolver o problema, mas ainda parece ser uma coisa distante. Dizem que deu certo em macacos. Vamos ver como se saem os testes em humanos.

No mais, uma preocupação que os daltônicos costumam ter é: Meu filho vai ser daltônico também?

Nesse caso, depende. O daltonismo é uma característica ligada ao sexo genético. Cromossomicamente falando, o problema está ligado a um gene recessivo que está no cromossomo X. Vamos chamar de Xd. Um homem, pra ser daltônico, só precisa receber o Xd da mãe, pois o Y do pai não vai compensar. Ele será XdY. Uma mulher, precisaria dar o azar de receber o Xd da mãe e do pai, sendo XdXd. O pai, obrigatoriamente, precisa ser daltônico XdY e a mãe ser daltônica XdXd ou possuir um cromossomo com esse problema, XdX. 

No meu caso, eu tenho um filho homem. Ele é XY. O X veio da mãe e eu mandei o Y. Nessa situação, como não existem evidências de daltonismo na família da mãe, meu filho não é daltônico. Se eu tivesse uma filha, essa poderia ter uma chance remota de ter daltonismo. Ela teria o meu Xd, mas o X da mãe, compensaria o problema. A não ser que a mãe, mesmo não sendo daltônica, fosse portadora de um Xd e enviasse ele na união dos gametas.

Ok, Fim da aula de biologia.

Resumo da história, se você notar que seu filho possui dificuldades em distinguir cores, leve num oftalmologista. Ele é capacitado para identificar se, realmente, existe esse problema. Se você é um profissional da área de educação, que possui mais contato com crianças, também deve ficar atento aos sinais. Seu aluno pode não ser tão burro como você pensa. E se você descobrir que seu amigo é daltônico, até pode sacanear um pouco, mas evite exageros, ok? E se você descobriu que é daltônico, bem vindo ao time. Qual a cor da sua camisa, mesmo?



domingo, 25 de dezembro de 2016

Como Era o Natal na Minha Infância



O Natal está chegando e, com ele, a nostalgia bate forte. Nessa época do ano, o passado sempre me vem a tona e fico relembrando da minha infância e de como eram os meus Natais nos anos 80.

Minha família nunca foi de seguir a risca as tradições natalinas. Nunca tivemos ceia de natal à meia noite, como era o costume na casa de meus amigos. Meus pais sempre gostaram de dormir bem cedo.

Então, eles incrementaram a lenda do Papai Noel, dizendo que ele passava mais cedo lá em casa. Eu ficava feliz da vida. Me sentia especial. Papai Noel me considerava tão legal que, antes de qualquer criança no mundo, entregava meus presentes.

Nossa "ceia" sempre foi feita no horário de almoço. A maior vantagem era que nossos parentes podiam participar e, depois, fazer a ceia na casa deles no horário de costume.

Nossas árvores de Natal também eram diferentes das de todo mundo. Minha mãe curtia fazer a árvore do jeito dela. Normalmente ela pegava uma árvore seca, sem folhas, enchia de algodão e lá estava nossa árvore nordestina. Não vou mentir. Eu morria de vergonha dela. Eu nunca entendia porque meus amigos tinham pinheiros e eu, aquela coisa esturricada. Pelo menos ela enchia a árvore de Papais Noéis de chocolate, que eu detonava antes mesmo do dia de natal chegar.



Outra coisa que me lembro bem era que meus pais sempre compravam uma porrada de brinquedos mais simples para distribuir para crianças carentes. Eu adorava ir com eles e ver a felicidade da garotada. 

Meus natais eram bem parecidos. Costumeiramente, eu passava o dia inteirinho na frente da TV assistindo a programação especial. Minha memória pode estar criando algo falso, mas parecia que sempre era da mesma forma.

Logo pela manhã, a Globo passava o especial de natal do Mickey, com histórias natalinas envolvendo todos os personagens da Disney. Se mudasse o canal para o SBT, lá estava o especial de natal do Charlie Brown. Curiosamente a árvore de natal que ele arrumava se parecia muito com a da minha casa. Que lástima!

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À tarde, a Globo passava filmes variados. Muitas vezes passava Os fantasmas contra atacam, que era uma versão da clássica história de Charles Dickens, onde um sovina era visitado pelos fantasmas dos natais passados, presente e futuro. Mas, na maioria das vezes, repetia incessantemente o filme Esqueceram de Mim.



Já o SBT, apostava no mesmo filme todos os anos, A Rena do Nariz Vermelho. Uma animação em stop motion que contava a história de uma rena que era discriminada por ser diferente, mas acabava se tornando uma respeitável condutora de trenó do próprio Papai Noel.



Não faço ideia do que passava durante a noite. Como disse anteriormente, nós dormíamos muito cedo. Umas 8 horas da noite eu já tinha capotado na cama e só acordava no dia seguinte.

Outra coisa que marcou bem a minha infância foram as aguardadas propagandas de brinquedo da estrela. Era um compilado com todos os brinquedos que ela vendia.



Outras clássicas eram as propagandas do Banco Nacional e da Varig. Qualquer um que tenha vivido nessa época, sabe as músicas de cor.





É, amigos. Eu posso dizer que tive uma infância feliz. Não tenho uma memória triste sequer dos meus natais passados e, hoje, tudo o que eu quero é fazer o mesmo pra meu filhote. Ele acabou de fazer um ano e vai participar do seu segundo natal. Esses, ainda não vão ficar na memória, mas espero que, quando ele tiver a minha idade, possa se lembrar com carinho de tudo o que o papai fez por ele. Quem sabe um dia ele escreva um texto falando sobre tudo isso?




sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Dicas Para Se Viajar De Carro Com Um Bebê



Para um pai novato, viajar de carro com o filho bebê pode parecer assustador. E é assustador. Ainda mais no meu caso, que preciso pegar uns 500 Km de estrada para chegar ao meu destino. Mas, já passei por essa experiência duas vezes e posso dizer que, se tudo for bem planejado, o trajeto será o mais tranquilo o possível.

Eu viajei com meu bebê em duas situações diferentes e, em cada uma delas, precisei fazer algumas adaptações. Da primeira vez, ele tinha 6 meses e mal engatinhava. Da segunda, ele acabara de fazer um ano e já andava. Isso muda bastante, pois, no segundo caso, ele fica mais inquieto. O segredo é planejamento. Estar preparado para diversas situações vai te livrar de inconvenientes pelo caminho.

A seguir, darei algumas dicas de como se planejar para uma viagem de carro com um bebê. Acredito que elas podem ser bastante uteis para vocês:

1) Conheça a estrada por onde vai dirigir.



Ter o conhecimento do trajeto pode ser fundamental para a programação do horário de saída, locais mais lentos, pontos de parada. Tudo para fazer a viagem no menor tempo possível.

 No nosso caso, como conhecemos bem a estrada, sabíamos que o percurso crítico eram os primeiros 100 Km, pois haviam dois pedágios e uma movimentação de carros intensa, sendo menor durante a madrugada. Sendo assim, programamos o início da viagem para esse horário.

2) Faça a manutenção preventiva do carro



É o básico de qualquer viagem, mas não custa lembrar. Verifique pneus, estepe, radiador, água do limpador de para-brisa. Também tenha a mão contato do seguro do carro. Tudo para não ser pego de surpresa em caso de algum inconveniente.

3) Não esqueça do telefone celular



Hoje em dia, ninguém anda sem um, mas é importante lembrar de mantê-lo com a bateria carregada e levar um carregador veicular para emergências.

4) Tenha uma cadeirinha de bebê confortável



O bebê precisa estar o mais confortável possível e a cadeirinha deve ser adequada para a idade e tamanho. Lembre-se de que a ideia é que ele durma boa parte do trajeto. Sendo assim, dê preferência a cadeirinhas que reclinam. E nunca. NUNCA deixe o bebê sem o cinto de segurança atado.Fiz uma postagem dando dicas de escolha de cadeirinhas. Dê uma passada por lá para se informar. (Clique Aqui)

5) Leve um cooler abastecido



 Durante uma viagem longa, vale a pena levar um cooler ou caixa térmica para manter resfriado a comida do bebê, água e qualquer coisa que necessite refrigeração.

6) Leve comidinhas



Quanto menos você puder parar, melhor. Então, se valha de comidinhas fáceis para fazer uma boquinha pelo caminho.

7) Deixe à mão a mala com os apetrechos de troca de fraldas



Bebê sujo gera irritação e choro.Trocar a fralda do bebê vai ser inevitável. Algumas vezes você vai precisar parar em algum posto para fazer a troca. Sendo assim, deixe tudo à mão. Nada de colocar na mala do carro, atrás de um monte de sacolas. Já que vai precisar usar com certa frequência, deixe na frente com vocês para facilitar o processo.

8) Leve distrações para o bebê



Bom, você conhece o seu filho. Leve tudo o que ele gosta para mantê-lo entretido. Tablet com vídeos, músicas infantis, brinquedos. Se a viagem vai ser cansativa para você, para ele vai ser pior ainda. Não deixe seu bebê irritado a toa.

Penso que, seguindo essas dicas, a seu trajeto vai ser mais tranquilo e você vai estar preparado para emergências.

Boa viagem!

sábado, 17 de dezembro de 2016

Um Resumo Do Primeiro Ano Do Meu Filho



Apenas um ano se passou desde o nascimento do meu filho e eu já me sinto um pai veterano de guerra, me dando o luxo de dar conselhos embasados e rindo da inexperiência dos futuros papais, cuja gravidez ainda está em curso.

Caramba! Quanta coisa se passou em 365 dias! Tudo, TUDO muda! Algumas para melhor e outras, não tenho receio de dizer, para pior. Mas isso faz parte de qualquer experiência de mudança na sua vida, seja mudança de endereço, trabalho, colégio ou faculdade. Qualquer alteração na sua rotina vai trazer seus altos e baixos e, no meu caso, os altos venceram de forma exemplar!

Para marcar essa data tão especial, resolvi fazer um pequeno resumo de coisas que mais me chamaram a atenção nesse primeiro ano de vida do meu filho. Claro que essa é a minha experiência, mas acredito que muita coisa seja compartilhada com outros pais:

1 - O desenvolvimento dessas criaturinhas é espantoso.

Num dia, meu filho parece uma geleia imóvel que só faz xixi, cocô, chorar e dormir. No outro, ele está escalando o armário da sala, tentando pegar o controle remoto para mudar o canal da TV. E continua fazendo xixi, cocô, chorando e dormindo. E é tão rápido que, se não fossem as fotos e filmagens, eu acabaria esquecendo de muita coisa. As vezes, pego fotos de uns três meses atrás e parecem pessoas completamente diferentes. A dica, aqui, é tentar viver cada momento intensamente, pois, quando menos esperamos, ele já passou para uma nova etapa.

2 - Emergências fazem parte

Nesse primeiro ano, nosso filho não teve nenhum tipo de acidente de grande seriedade ou nenhum tipo de doença mais grave. Um lábio partido aqui, uma febre ali, uma alergia acolá. Isso vai acontecer, ok? Mesmo que você prenda seu filho numa redoma de vidro (Não faça isso!) ele vai cair e se machucar. Faz parte do aprendizado. Faz parte da vida. Quantas coisas você mesmo já passou e está aí, vivinho da silva? A dica aqui é, antes de algo pior acontecer, já tenha planejado um protocolo de emergência. Saiba quais clínicas da cidade atendem emergência pediátrica, quais atendem o seu plano de saúde, tenha registrado em mente ou em aplicativos de GPS os caminhos para lá e rotas alternativas e, tenha sempre o contato telefônico do pediatra. É o dia-a-dia deles. Não precisa ficar com vergonha de ligar ou mandar uma mensagem. Só não faça isso cada vez que seu filho espirrar, pois ninguém é de ferro.

3 - A configuração da casa mudou completamente

E não falo apenas do novo ambiente, o quarto do bebê. Tudo teve que ser mudado. Porta retratos e pequenos vasos decorativos tiveram que ser colocados em locais mais altos. Aquela sala arrumadinha? Agora tem um cercadinho no meio, tapete de atividades de um lado, livros e brinquedos espalhados por todo canto. Portas que ficavam abertas, precisaram ser fechadas e uma grade teve que ser colocada na porta da cozinha para impedir que ele tenha acesso fácil. Aquela visão bonita que eu tinha da varanda? Ainda está lá, mas com uma rede de proteção para impedir acidentes mais graves. Travas de segurança nos armários... Enfim! Muita coisa mudou.

4 - A Relação com os seus pais muda

Essa afirmação pode ter vários significados. Pra mim, em especial, ela significou que eu passei a dar mais valor aos meus pais. Saber que eles fizeram todos os sacrifícios que hoje eu faço com o meu filho. Que eles perderam noite com meus choros, trocaram minhas fraldas inúmeras vezes, cuidaram da minha saúde. Hoje eu os vejo com outros olhos. Tento dar mais atenção ao que eles dizem e tento ficar o mais perto o possível deles, pois eu gostaria que o meu filho fizesse isso por mim. Os abraço mais, os beijo mais e tento retribuir o carinho que eles sempre tiveram comigo e, talvez, eu não valorizasse tanto. Fora que, ver nossos pais como avós é uma coisa mágica. Eles ficam mais bobos que a gente, como pais.

5 - Aos poucos, uma nova rotina é criada

No início, parece que você nunca mais vai conseguir fazer as coisas que gosta. Ler um livro, ver um filme, jogar videogame. Bom, a coisa, realmente, fica mais difícil. Como em toda mudança, aos poucos, as coisas vão tomando forma e, quando você vê, já existe um novo cotidiano onde sua forma de lazer favorita está encaixada. Apertadinha, com muito menos tempo, mas dá pra fazer uma coisa ou outra durante a semana. Nesse exato momento eu estou vendo um filme no notebook enquanto ele assiste vídeos infantis na tv. Pra quem olha de fora parece horrível, mas você não está deixando de se divertir. Apenas está se divertindo com coisas que nem imaginava. Brincar com seu filho, levá-lo para passear vai entrar no "cardápio"das diversões.

6 - Músicas infantis vão ser o seu dia-a-dia

Sabe aquela música que toca na "rádio" da sua cabeça? Aquela que fica tocando na sua mente em looping? Se acostume, pois ela vai mudar radicalmente. Quando você menos esperar, vai estar no meio do trabalho, cantarolando alguma cantiga de roda ou outra música infantil qualquer. Nomes como Galinha Pintadinha, Mundo Bita e Patati Patatá acabaram se tornando parte integrante da minha vida.

7 - Sua relação com outras crianças muda

Pra deixar claro, eu não suportava crianças. O choro dessas pestinhas me deixava doido e eu tentava me manter o mais afastado possível dessas criaturas. Então, tudo mudou. Hoje, não posso ver uma criança, que abro um sorriso. Faço graça, brinco, converso. Percebi que o que eu tinha era medo. Eu não sabia como agir com elas. Eram um "bicho estranho" meio incompreensível. A paternidade me tirou esse medo e agora eu poderia até ser um Papai Noel de shopping que estaria feliz.

8 - Sua relação com vizinhos muda

Eu moro num condomínio de dois prédios, com uns 20 andares cada. Não consigo nem fazer a conta de quantas pessoas moram aqui. E sabe quantas eu conhecia? Praticamente ninguém. Provavelmente eles nem sabiam que eu morava aqui, pois saia calado e voltava quieto. No máximo um bom dia no elevador. Bom, não posso dizer que, hoje, conheço todo mundo, mas, pelo menos, todos conversam comigo e me perguntam sobre o meu filho. Se antes vivíamos isolados dos outros, hoje, nos sentimos uma parte integrante do condomínio. Os papos de elevador foram incrementados e agora temos assuntos em comum. É incrível o quanto dá para conhecer de uma pessoa nesses pequenos papos. Se bem que ninguém sabe o meu nome. É outra coisa que acaba acontecendo. Você fica sendo conhecido como "O pai de Rafael".

9 - Você perde a vergonha de ser bobo

Ok, eu nunca fui uma pessoa muito envergonhada nesses aspectos, mas, se existia alguma trava emocional para a "bobisse", ela desapareceu. Danço, faço careta, sento no chão no meio da rua. Quando você está com o seu filho, nada mais importa. O mundo vira um enorme parque de diversões e a opinião dos outro não importa. Só a do seu filho.

10 - Minha visão de futuro mudou

Antes de Rafa nascer, eu sentia como se todas as semanas fossem, relativamente, iguais. Eu vivia de fim de semana para fim de semana. Não haviam grandes expectativas nem grandes mudanças. A primeira semana de março era muito parecida com a terceira semana de outubro. Não que fosse ruim. Era muito bom. Era um "Igual bom". A diferença é que não havia um sentido de evolução. Isso mudou drasticamente. Com um filho, nenhum dia, semana ou mês é igual ao outro. Você acaba acompanhando a evolução gradual e, às vezes, repentina de uma criança, fazendo planos à longo prazo e a coisa segue, aparentemente, para sempre, a partir de então.

domingo, 6 de novembro de 2016

O Primeiro Show Do Meu Filho



Se tem uma coisa que a gente aprende com a paternidade é que não tem como brigar com os programas audiovisuais voltados para hipnotizar entreter os bebês.

 Antes, a gente até criticava os pais que deixavam o filho em frente à TV, mas, em determinados momentos, acaba sendo necessário, quando você precisa fazer algo e está sem apoio de outra pessoa. Claro que a coisa tem que ser sem exagero. Mas uns 3 ou 4 clipes musicais não vão fazer mal a ninguém.

Mas onde quero chegar com isso tudo?

Dentre os "grupos musicais" que o nosso filho mais gosta, está o Mundo Bita. Descobrir esse grupo acabou sendo um alento para nós, pais, pois a maioria dos demais só fazem versões diferentes de cantigas infantis clássicas e eu não aguentava mais ouvir "Meu pintinho amarelinho" em interpretações diversas. O Mundo Bita possui músicas próprias, cuja sonoridade não agride os nossos ouvidos. Pra falar a verdade, muitas vezes, me pego cantarolando algumas músicas.

Enfim, surgiu a oportunidade de levá-lo num show do Mundo Bita aqui na nossa cidade. Ficamos na dúvida se valeria a pena investir nisso, pois nosso filhote só tem 11 meses. Uma coisa é ele estar na sala assistindo na tv, podendo se movimentar para todos os lados e se entretendo com outras coisas quando cansa. Outra, é ele ser obrigado a ficar no colo, no meio de uma platéia de teatro, com centenas de crianças e adultos gritando, enquanto bonecos gigantes cantam e dançam no palco por mais de uma hora.



Resolvemos arriscar. Na pior das hipóteses, sairíamos antes de terminar o show e voltaríamos pra casa, com a sensação de dinheiro jogado fora. Mas, se desse certo, seria um bom programa familiar para se fazer com mais frequência.

Chegou o grande dia. Chegamos um pouco antes do horário e ficamos na lanchonete. Foi divertido. Elane pediu um café expresso e derramou tudo no meu colo. Isso mesmo. Café fervendo, escorrendo pelas minhas pernas. Mas isso é bobagem. O que é uma queimadura de terceiro grau frente à alegria de uma criança, não?

Quando o acesso ao teatro foi permitido, nos dirigimos aos nossos lugares e ficamos brincando com Rafael. Faltava pouco para descobrir se ele iria dar o seu próprio show de choros à parte ou se ficaria quietinho. Foi quando as luzes se apagaram e... Deu tudo certo! A magia de hipnotismo entretenimento do Mundo Bita funcionou como sempre e Rafa acompanhou tudo, bem calmo e tranquilo. Cantamos, rimos, batemos palmas e, ao fim, subimos ao palco para registrar aquele momento junto à equipe!



Foi uma experiência excelente, o que nos motiva a procurar mais eventos desse tipo para variar um pouco as atividades do nosso pequeno filhote.