sábado, 26 de dezembro de 2015

Hora do Riso!


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Troca de fraldas: Não é que nem é tão difícil assim?



Um dos meus primeiros embates, na vida de papai nerd de primeira viagem, foi a temida troca de fraldas.

O pouco que eu sabia estava ligado a cenas dignas de filmes de terror. Criança berrando, tentando fugir, pai desesperado, talco pra todo lado, um cheiro equivalente a carniça de urubu azedo.

A realidade mostrou-se muito mais amigável. Sim, tem criança chorando e sim, tem criança tentando fugir. Mas o recém-nascido não tem tanto poder de movimento que dificulte exageradamente o processo. As perninhas atrapalham, mas nada que uma pegada correta, estilo garra de dragão, não resolva.

Quando você tem ajuda, a coisa se torna extremamente mais fácil. Caso não tenha, terá que usar habilidades nunca antes descobertas. Todas as partes do seu corpo precisam trabalhar em conjunto, ao mesmo tempo e em atividades diversas. O pé direito está abrindo a lata de lixo enquanto você segura o bebê com a mão esquerda. Já a direita está concentrada na limpeza e troca de algodão molhado. Seu olho esquerdo está no bebê e o direito está no álcool 70% e o cérebro lutando para coordenar tudo, justamente na hora que seu nariz começa a coçar. É uma coisa de doido, mas, rapidamente a gente aprende.

O famoso talco já não existe mais. Os pediatras não recomendam, pois ele pode causar problemas respiratórios ao bebê e em você. Se o objetivo é deixar o bebê sem assaduras, muitos recomendam apenas secar bem a região durante a troca. Outros recomendam pomadas preventivas, que nós optamos por usar.

O fedor horrendo, também, é quase inexistente nos primeiros dias. Como disse numa postagem anterior, o mecônio, cocô do bebê nos primeiros dias, é praticamente sem cheiro.

Já a freqüência de trocas me assustou um pouco. Dizem que o recém-nascido precisa de umas 8 trocas por dia. Eu não contei, mas a sensação é que é muito mais do que isso. Principalmente quando você está terminando uma troca e ele já caga tudo novamente. Ou espera o final da troca para jogar aquele jato de mijo quente na sua barriga. Já troquei umas 3 fraldas numa só tacada. Os pacotes de fraldas se esvaem como lágrimas na chuva!

A limpeza do coto umbilical também é tranquila. Dá a impressão de que você está machucando o bebê, colocando álcool numa ferida aberta, mas é totalmente indolor para ele. Não existem terminações nervosas naquela região. Sendo assim, ele sente, no máximo, o geladinho do álcool. Se vacilar até gosta!

Se você está prestes a ter seu primeiro filho e está temeroso com isso, relaxe. No primeiro dia a gente já fica craque. A repetição insana nos deixa habilidosos o suficiente para o que der e vier!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

15 coisas que não me contaram sobre os primeiros dias de vida do meu filho



Essa lista é completamente pessoal e pode não ser compatível com a sua experiência, ok? São coisas que eu pude observar e que foram contrárias ou além das minhas expectativas.

Ao nascer, os bebês dos outros parecem todos iguais.

Mas o meu tem o nariz da mamãe.

Bebês são mais fortes do que imaginei.

Aquele trocinho pequeno e frágil é bem mais forte do que aparenta. Eu morria de medo de pegar em um bebê no colo e quebrá-lo de alguma forma. Mas isso não acontece. Seus ossos ainda são molinhos e conseguem ficar em posições dignas de contorcionistas sem maiores problemas.

Eu sou mais emotivo do que pensava.

Não tem como ver seu baby nascer e não chorar. Isso ou havia alguém cortando cebolas na sala do parto.

Aquela frase que costumam dizer antes do nascimento, "Durma agora enquanto pode!", não serve pra nada.

Eu poderia ter dormido o ano todo e isso não ia me preparar melhor para as noites insones.


Comida de hospital é melhor do que eu esperava.

Pelo menos na maternidade em que tivemos nosso baby. O rango era de qualidade.

Quando, finalmente, o bebê dormir, eu vou estar sem sono ou vão chegar visitas no hospital.

Não tem essa de aproveitar aquele tempinho extra pra dormir. Não vai existir tempo extra.

Registrar uma criança é mais rápido do que pensei.

Foi muito rápido. Achei que seria uma burocracia imensa. Mas, foi só levar o registro de nascido vivo entregue pelo hospital e, em meia hora, a certidão de nascimento estava pronta. O difícil foi segurar a tentação de escolher um nome mais nerd para o garoto. Afinal, eu tinha o poder nas mãos.

Por mais que eu tente ajudar, a mãe fica com 80% do serviço.

É meio frustrante. Você quer ajudar e pouco pode fazer para deixar a mamãe descansar. Nesse início ela vai ter um desgaste físico absurdo. Dá pena!

Trocar fralda de bebê é mais fácil do que imaginei.

Só que muito mais frequente do que esperava.

O mecônio, cocô do recém-nascido, não fede.

Eu esperava um fedor digno das cavernas mais podres do inferno quando fosse trocar a fralda, mas, surpreendentemente, o cocô dos primeiros dias não possui nenhum cheiro desagradável. Já me disseram que isso muda com o tempo.

Não adiantou levar livros, filmes ou séries pra assistir nos tempos livres.

Afinal, não existiram tempos livres.

Dormir por 10 minutos é um luxo.

Os recém-nascidos não possuem horários muito regulares e, mesmo quando estão dormindo, você está tenso e com medo de deixá-los sem supervisão.

Eu deveria ter me preparado fisicamente melhor pra isso.

Sabe quando você vê pais e mães carregando no colo seus bebês gigantes, com apenas uma das mãos, como se aquilo fosse leve como uma pena? Pois não são. Eles pesam e meu braços doem!

Recém-nascidos não sabem rir ou brincar.

São máquinas de comer, dormir, peidar, arrotar, mijar e cagar.

Eu deveria ter levado um relaxante muscular.

"Dormir" nas incômodas camas para acompanhantes detonou minha coluna.






quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O dia do nascimento: Alarmes falsos e expectativas frustradas



Final da gestação, últimos dias, tudo preparado e marcado com a maternidade. Agora é só esperar e vai dar tudo certo, não?

Nem sempre é bem assim. Pelo menos não foi no nosso caso. Óbvio que temos que planejar tudo, mas precisamos ficar atentos a mudanças e aceitar que nem tudo ocorre da forma planejada.

O planejamento do parto de Rafael é via cesárea. Nos meses que antecederam o final da gestação, a médica já havia nos alertado de que a nossa cidade, Salvador, se encontrava com uma grande carência de vagas em maternidades e não estavam mais marcando cirurgias.

Ou seja, mesmo chegando na data estimada, pós 40 semanas, ela precisaria entrar em trabalho de parto para ser admitida.

Mas chegam as últimas semanas e a médica nos informa que voltaram a fazer marcações. Deixamos tudo certo para o dia primeiro de dezembro e fizemos todos os nossos planos. Deixei minha agenda de trabalho fechada por uma semana após a data prevista e Elane saiu de licença maternidade. Minha sogra chegou de viagem e avisamos a parentes e amigos.

Então chega o dia e todos os preparativos já estavam feitos. Mas eis que, no meio da manhã, a nossa médica nos liga, informando que o hospital desmarcou o parto por excesso de pacientes. Ou seja, todos os nossos planos foram por água abaixo. Ainda havia uma pequena esperança de sermos admitidos no hospital, caso entrássemos pela emergência e uma boa alma conseguisse nos encaixar.

Passamos a tarde e início da noite fazendo avaliações na emergência do hospital, mas, como Elane não estava em trabalho de parto e o bebê não corria nenhum risco, fomos liberados.

Agora precisamos esperar mais alguns dias. O destino quis que as coisas acontecessem no momento certo e não no momento que queríamos. Só nos resta esperar que nosso molequinho resolva vir ao mundo por conta própria ou aguardar a data limite para a cesárea.

Assim como nós, muitos casais passam por imprevistos e frustrações. O caso que mais vemos é de mães de primeira viagem com alarmes falsos. Como nunca entraram em trabalho de parto, não sabem exatamente como é e correm para o hospital na primeira contração forte que sentem. Muitas vezes ficam frustradas por descobrir que eram apenas contrações de treinamento, também conhecidas pelo nome de Braxton Hicks. Então, retornam para casa e precisam avisar a todos na família que ainda não foi a hora.

Sendo assim, amigos, saibam aceitar as mudanças. Imprevistos acontecem e vocês têm que estar preparados para elas. Nem tudo está ao nosso alcance.