quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ultrassom do Bebê



Logo que Elane engravidou, um amigo perguntou: "Já fez o ultrassom? Cara! Na gravidez da minha esposa, cada ultrassom era um parto de ansiedade!".

Eu pensei que era exagero e meio que esqueci dessa frase. Até que chegou a data do primeiro exame e a ansiedade tomou conta de mim. Tantas dúvidas, questionamentos e receios que só seriam respondidos quando o médico passasse aquele aparelho na barriga da mamãe e dissesse: "Está tudo ok!"

E estar "tudo ok" em um ultrassom não significa que estará no próximo.  É aquele momento em que até o sujeito menos religioso ergue as mãos para o céu e pede a Deus que tudo corra bem com a gravidez.

Esse exame, além de necessário clinicamente para conferir qualquer irregularidade com o feto, tem um coeficiente emocional muito grande. Afinal, é o único momento em que os pais conseguem ter um contato visual com o seu filho. Mesmo que, para olhos não treinados, pareça apenas um monte de chuviscos na tela, quanto mais o bebê cresce, mais conseguimos identificá-lo naquele mosaico de imagens.

No primeiro ultrassom não pude estar presente, mas minha mãe foi me representando. Nesse, realizado com 7 semanas de gravidez,  o feto parece um caroço de feijão.  Para mim, não sei o que era pior para a ansiedade. Estar lá ou ficar no trabalho, pensando em tudo o que poderia acontecer. Pois, mesmo com todos os exames de sangue e de farmácia indicando a gravidez, não existe nada físico que prove que um bebê está lá, se formando. No fim, deu tudo certo e pudemos comemorar mais uma vez.

No segundo, acho que estava mais tenso. Como já haviam se passado 12 semanas e já sabíamos o sexo, por conta do exame de sexagem (leia aqui), existia um apego maior. Não era apenas meu filho, um feto. Era Rafael, meu bebê.  Uma conotação diferente, acreditem. E, dessa vez, já dava para ver algo mais definido. E ele estava lá, com bracinhos e perninhas, quase dançando na barriga da mamãe. Ouvir a médica dizer que estava perfeito, com o tamanho padrão que deveria ter, nos deixou bastante tranquilos.

Mais um tempo se passa e chegou a hora de um dos mais importantes exames. No ultrassom morfológico, com 20 semanas, os detalhes anatômicos já seriam visíveis, como dedinhos, por exemplo. Esse demorou um pouco mais, pois a médica precisava fazer várias medidas e ver se estava tudo ok. E estava!!!

Ainda temos mais alguns ultrassons pela frente antes do parto. E, pelo visto, a ansiedade vai ser a mesma. Mas a segurança que os últimos nos passaram, já nos tranquiliza.  Agora é bola pra frente e que venha o próximo!

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